16 de novembro de 2009

Beijo

Um beijo.

O primeiro beijo
Tímido, de bocas desconhecidas procurando dançar sem pisar os pés.

Beijo de bocas, e de mãos que passam, que tocam, que reconhecem que apertam, e comprimem.

Mãos e costas que se unem
que se sentem
que se apresentam
desconhecidos um do outro que ainda são.

Iniciativa desesperada de reconhecimento de território nunca dantes visitado.

O beijo destruindo o fôlego, destruindo as palavras, destruindo as divagações.

Teu beijo não sabe perguntar.
Ele apenas explica.

2 comentários:

João Gilberto Saraiva disse...

Lhe indiquei pra um selo, veja meu blog, mais tarde comento seu texto (estou no trabalho).

Até mais doutora.

João Gilberto Saraiva disse...

Muito, muito bem esse post. Parabéns.

"O beijo destruindo o fôlego, destruindo as palavras, destruindo as divagações."

PS: Você merece sim o selo, pela frequência e pela qualidade com que escreve.