10 de novembro de 2009

Ela, noves fora, nada.

Meu bom amigo,


O que mais te assusta?


O sorriso fácil, o vestido claro,
ou os olhos, ou as histórias
ou seria alguma coisa na forma com que ela fica nervosa
sempre que você implica com ela?



O sol iluminando os cabelos claros?
ou a mulher menina que você não entende?
aquela tristeza nos olhos de quem mente
uma dor com um sorriso em cada mão?



Te assusta a independência, ou a irreverência
o não precisar, não depender, misturado
àquela forma tão necessitada de viver
e de cantar e de amar e ser feliz?


O jeito que ela sai de si
e cura o mal, e te faz sorrir
e transforma brisa leve em tempestade
e dia sem graça em novidade?


Assusta chegar perto, ou assusta ficar longe?
A falta de contato, ou medo da solidão?
A angústia de ir embora
ou o medo de ficar?


Ela te assusta. Inteira e por completo.

Ela, noves fora, nada.

O que te sobra é menor do que o que te falta.

Um comentário:

Anônimo disse...

[O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os unguentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite]