27 de novembro de 2009

Entre erros e acertos

Irremediável. Indecifrável.

Como ter a certeza do erro?
Como saber se o erro não nos é o certo?

Quem define o certo e o errado?
Se nem nós mesmos sabemos?
Nós nunca sabemos.

Como evitar os inevitáveis e por vezes necessários erros?
Qual o mal em errar, afinal?

Difícil reconhecer os erros. Mais difícil ainda assumi-los. Declarar a sua incapacidade. Sua falência. O quanto dói ter que voltar atrás no antes dito, no antes defendido.
Declarar-se ERRADO, e não CERTO.
Reconhecer-se errante. "Sempre na estrada, sempre distante..."

Difícil enxergar os próprios erros. Nossos CERTOS incontestáveis.
São seus erros que me mostram o quão certo eu estou. Muito mais fácil é julgar os erros alheios. Muito mais cômodo. Apontar os não certos enquanto camuflamos nossos próprios fracassos.

Mas o mais difícil, o quase impossível, é fazer com que as pessoas reconheçam que estamos CERTOS. Nossas cerdades absolutas. Irrefutáveis.
Nossos certos e errados baseados em nossas CERTAS certezas. Estamos certos porque alguém em algum lugar está errado. Aquele que nos contrapõe.
Para acertarmos alguém tem que errar. Tem sempre alguém errando em algum lugar enquanto estamos acertando.
Tem sempre alguém certo em algum lugar.

Mas quem vai dizer quem ganha no final?

Nenhum comentário: