26 de novembro de 2009

Janta

E eu
vou te servir o meu amor
numa bandeja de prata,
com todos os requintes de um prato principal.

Assim, onde não importam sobremesas e entradas.
Importa a vida, o gosto, a amarra.
O tempero de nossos desencontros.
O sabor das nossas massas.

Te darei minha paixão regada a vinho branco
numa taça transbordante de desatino,
perdida, achada.
Gosto de uva e desejo.
Descalibre do teu beijo.

E não me venhas morno, não me sirvas frio
Quero um prato quente,
com gosto de gente
onde não importam as idas,
as vindas, os ais e os senão.

Quero provar a vida
como quem bebe até não saber.
Mas não quero tudo de um só gole
Aos poucos, embriagar
assim, devagar,
até não ter mais o que fazer.

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