8 de dezembro de 2009

Sujeito

Você, sujeito simples da minha oração.
Sujeito inexistente, paciente, inaparente
Quem pode adivinhar que nossas frases
aparentemente sem sujeito
carregam na verdade um período composto
por coordenação?

Enquanto procuramos nossos complementos
verbo-nominais
as desinências modo-temporais
nos colocam entre pausas, entre vírgulas.

Fiquemos com as reticências.
Três pontos são sempre melhores
que um ponto final.

Sem apostos, não precisamos de interrogações
Somos claros verbos reflexivos
derivados de um processo de justaposição
conjugados numa forma nominal de vir a ser.

Nenhum comentário: