28 de setembro de 2009

Me nego

Me nego a viver na eterna espera do talvez há de vir.
Me nego a viver como quem não sabe aonde ir.
Me nego um não saber, um não ter, e mais que tudo, um não querer.

Quero que esse querer venha com todas as forças da minha alma, e só pelas coisas que quero ardentemente anseio mover meus pés.
E movê-los com todo ímpeto em direção à meta. Correr por querer.
Mesmo que o caminho não seja doce. Mesmo que não haja flores.

Mesmo que nem sempre sejam sorrisos.
Mesmo que eu caminhe sozinha.

Me nego a viver uma existência ordinária, com um sentido ordinário como uma pessoa ordinária.
Me nego a pertencer às convenções, aos padrões e as estatísticas.

Me nego a ser convencional, previsível e estática.
Minha existência obrigatoriamente envolve movimento, busca, inconstância.

Me nego à perfeição.
Estou em constante construção. Processo inacabado de evolução.

Me nego aos limites.
Sou expansão, dilatação, êxtase.

Sou mulher na mais completa expressão da palavra.
Em eterno processo de vir a ser.
Contínua e interminável METAMORFOSE.


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