31 de julho de 2011

Para Melani

Eu jurei que ia te achar, Melani. Jurei que chegaria tarde, quando você já estivesse dormindo, mas chegaria. Ia entrar de mansinho, pra não te assustar, e ia deitar do teu lado, quetinho, e beijar  teu corpo, e te acordar com carinho.
A cor da tua pele eu ia adivinhar ali mesmo, no escuro. Não preciso de luz pra te ler, pra te ter. Ler a poesia escrita em você. Que eu escrevi em você. A cor do teu olho parecendo farol na escuridão. Farol azul, farol de oito, nove, dez mares que antes eu nunca vi. O que vi pelo mundo, o mundo que já vi, nada se compara à delícia de estar aqui.
Você acordando devagarinho, com o cabelo desgrenhado, desavisada, linda, surpreendida, surpreendente...




Meu coração,
pé no chão,
que nunca voou,
jamais se apaixonou
hoje está aqui,
rastejando após ti.
Acho que te amo, Melani.

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