5 de janeiro de 2010

Parasitismo

Parasita. Intracelular obrigatório.
Tropismo inexplicável pela célula-coração. Destruidor das fibras musculares do hospedeiro. Destruidor de conexões sinápticas. Destruidor de toda lógica e prática e método.
Pobre hospedeiro involuntário da doença infecciosa. Tenho pena de ti. Tenho pena de mim. Doença degenerativa, não transmissível por contato direto, nem indireto. Doença sem tratamento, sem remédio, sem cura, sem jeito. Doença só. Parasitária.
Atacando as funções vitais, sem destruir a célula invadida. Um esperto parasita. Altamente evoluido na escola Darwiniana. Aprendeu a não destruir sua fonte de vida, apenas extrair dela a vida da qual necessita. E assim segue seu curso, sorvendo, e bebendo, e tragando... parasitando.
Parasita, inexpurgável parasita. Indestrutível parasita. Como faço para de ti me libertar?
De qual antídoto devo me valer? De qual fármaco devo me drogar?
Qualquer coisa que mate este verme que me massacra agora aos poucos, devagar, dia a dia, consumindo o que de mim havia. Engolindo o que de mim eu podia ser. Nem sei mais separar eu de você, parasita.
Ah, se eu soubesse te combater, ou te vencer. Te controlar, ou te matar. Me libertar. Mas não sei nada de ti, parasita.
Tudo que sei é o que ouvi dizer... Sei que te deram um codinome. Por ai te chamam de amor.

5 comentários:

Anônimo disse...

Pra que estragar a simbiose?

Unknown disse...

Infelizmente a relação ecológica do parasitismo não tem nada de simbiótica...
Azar ou sorte????

Anônimo disse...

Pq esse blog se chama entrelinhas?^^

Em caso de dúvida, improvise # disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
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By klécia (NO BLOG DA MANA)