1 de novembro de 2011

Onda T

Odeio o amor.
O teu amor
Ou o erro de todos os amores.

Odeio as ausências em todas as partes
se fazendo presente em cada estúpido desvaneio.

Odeio o quanto eu me assusto
com a dor, com o medo do medo, com o medo da dor.

Não é o fim, mas também não é o começo.
Fico entre o não e o sim.
Escolho não decidir
Escolho me eximir da culpa de errar de novo
de amar de novo
de sofrer de novo

porque eu não sei te amar,
ou amar qualquer um.
Não sei confiar em amor nenhum
acreditar em sonho bom.

Meu coracao nao sabe descansar, confiar
estabilizar.

Vivo de arritmia,
de cansaço,
de angústia,
de desesperança
de desespero.

Ondas T de saudade de quando eu não pensava tanto
no porque de cada coisa ao redor de mim.

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