1 de novembro de 2011

Insônias

Noites de insônia são ótimas. Nessas horas você realmente acredita que você passa sua vida quase inteira dormindo. Madrugadas podem ser sempre dolorosamente prorrogadas, e cada segundo entre as duas e três da manhã pode conter sua própria eternidade.
Quando todos já foram dormir, sem mais ruídos, sem mais cochichos, só você e o barulho de você mesmo.
Tempo pra pensar no que você fez, no que não fez, e muito tempo pra não pensar em coisa nenhuma.
Ócio.
Antigamente eu sabia exatamente o que fazer. Hoje sei tão pouco de quase todas as coisas, apesar do muito mais que aprendi de ontem pra hoje. Isso só prova o quanto pouco eu sabia ao pensar que sabia mesmo de alguma coisa. Há sempre alguma coisa que a gente não consegue entender.
O som rouco e afinado da guitarra de Gessinger embala o que deveria ser minha canção de ninar. Nada como um guitarra elétrica... Nada como não ter hora para acordar pra não ter que ter hora pra dormir. Como se isso [entre tantas outras coisas] pudesse ser opcional.

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