28 de maio de 2011

Bossa Nova

Beira de mar,
canoa quebrada,
a canga na mão,
a areia no pé,
a pegada que o vento leva
a maria farinha se escondendo
fugindo, sorrindo, voltando, sorrindo
me perco e me acho
olhando pro horizonte,
que mesmo longe, bem longe
não me parece ter fim.
Distraída caminho no raso
pra onda não me quebrar
pra ressacar não derrubar
pro mar não me levar
pra eu não me entregar
pra eu não esquecer de voltar.

Saudade do Rio
com braços de Cristo abertos
numa Guanabara sem fim
e samba pra sambar
e poesia pra cantar
bossa nova pra assobiar

a me levar pra Copacabana,
a princesinha do mar.

diguindondiguindon
diguindondiguindon
diguindondendendon

O Rio não dá vontade de voltar.

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