9 de abril de 2011

If I were a boy...

Eu a ouviria.

A primeira coisa certa a se fazer seria ouvir cada uma de suas palavras, por menores que fossem. Ouviria os suspiros também, pois saberia o quanto falam os suspiros.
Estaria lá, e seria atencioso sem ser pegajoso. Estaria sempre lá, quando ela precisasse e quando ela menos esperasse. E saberia deixá-la por um tempo se fosse preciso, mas nunca iria muito longe, estaria sempre por perto, com olhos, ouvidos e braços alerta.

Faria surpresas.

E diria o quanto ela está linda na camisa velha com o cabelo despenteado.
Não diria mentiras, nem a enganaria. Não prometeria amores eternos. Prometeria amores. Os maiores, os melhores, os inesquecíveis, enquanto durarem, enquanto forem pra ser.

Se eu fosse um garoto, eu entenderia o valor que tem o amor de uma mulher. Eu entenderia que ela precisa de algo além do que posso entender, e não ficaria com raiva por não poder alcançar a profundidade do sentimento. Calaria nas complexidades, nas inexplicabilidades e, principalmente, nas TPMs.

Eu não seria o que chamam de príncipe. Não seria perfeito, erraria, e machucaria, mas para cada sofrimento eu voltaria com uma rosa em mãos. Os olhos vermelhos de quem errou mas não queria errar.

Eu não seia nada mais que o homem ao lado de uma mulher. Para qualquer final.

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