8 de julho de 2010

Esconderijo

Silêncio.

Neste fim de mundo só escuto o ressoar
dos meus passos contra o chão
de mármore frio.

Fico aqui,
onde até a morte esqueceu como chegar
e permaneço vivo como castigo
por ter lhe fugido
até onde ela não me pode achar.

A morte me procura
quer me estragular
me matar lentamente
como a me punir por lhe enganar.

Mal suspeita ela
que morto já estou, embora vivo
que morri na justa hora
que se foi o que eu tinha sido.

Nenhum comentário: