Passo meus dias a contar as areias do tempo
Somando dias em forma de grãos, meus 23 outonos que hoje formam um pequeno monte
De onde posso avistar os caminhos de sorrisos e lágrimas que me trouxeram até cá.
Sento no meu monte e perco algumas horas a comparar meu pequeno morro aos grandes cumes a perder de vista dos arredores
Montanhas tão altas a ponto de tocar o céu.
Vejo quanto ainda falta crescer.
Quanto mais meu morro irá subir?
Ia triste assim a pensar em como pequeno ainda sou em comparação ao resto do mundo que viveu mais, cresceu mais, aprendeu mais. Fiquei olhando esses morros imensamente altos, quando algo me chamou atenção: Vi os morros tão altos, mas com cumes tão secos, sem árvores, sem flores, sem sombras para amparar o caminho.
Foi então que me orgulhei de me dar conta que em meu pequeno morro os viajantes podem achar abrigo e bonitos caminhos a percorrer.
Foram 23 outonos bem investidos afinal. São poucos os peregrinos que levam tristes recordações do meu morro. São muitos que voltam para reencontrar minhas pairagens. Foi quando aprendi de fato que o importante não está em quanto, mais em como você gasta sua vida.
“Quero a vida sempre assim, com você perto de mim, até o apagar da velha chama.”
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