19 de junho de 2010

Epopéia de um prisioneiro facista

Emoldure a sua mente facista e mande-me como foto em um cartão postal da república totalitária dominada pelo partido xenofóbico ao qual te filiaste.
Mussolínico te tornaste. Quem diria? Tutto nello Stato, niente al di fuori dello Stato, nulla contro lo Stato. Desisto de tentar entender o totalitário sentimento regente de tuas insanidades. Digo-te apenas que enxergo além do lúdico coorperativismo que apregoas, e disso tu sabes e por isso me temes, em silêncio.
Aviso-te que os sindicatos que eliminaste ressurgem clandestinos em busca da liberdade que lhes tomastes, e a tua guerrilha opressora de povos menores já não conta com a mesma força de militância.
Diante do caos iminente, faço minhas as tuas palavras: Me ne frego, me ne frego!
Enquanto teus seguidores entoam os cantos de Viva la Morte, publico que as dores que hoje sentimos hão de se acabar, haveremos de sorrir, haveremos de ser livres em nosso corpo além de nossas mentes. E se quando esse dia chegar, meu cabelo estiver ainda mais prateado e minha pele enrugada esconder os sulcos de anos vividos calados, será apenas mais um motivo para, no dia da libertação, meu canto ser ainda mais alto.


'(...)E se não estou mais na idade de sofrer
é porque estou morto, e morto é a idade
de não sentir as coisas, essas coisas?' 
Drummmond

Tutto nello Stato, niente al di fuori dello Stato, nulla contro lo Stato - tudo no Estado, Nada fora do Estado, Nada contra o Estado.
**Me ne frego - não me importo
*** Viva la Morte - Viva a Morte. 

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