Não consegui não ficar indignada. Por mais que pareça com uma forma de póstuma homenagem, a mim de cá mais se parece com um sentimento ufanista coletivo de falsa aproximação da literatura.
Citaram-me Saramago na rua! Em plena avenida, às 9 da manhã de um domingo. Pessoas que eu nunca ouvi nem falando sobre Eça de Queiroz ou qualquer outro escritor de além-mar.
Capazes eles seriam de me citar uma única obra dele? Ou mais ainda, de descrever sua vida de crítica, rejeição e exílio?
Sabem o que além daquele dia em que ganhou um prêmio Nobel? O único de Língua Portuguesa, não é? Foi o que disseram no jornal.
Pois bem, vamos lá. Fundem um fã-clube. Sugiro até um nome: Agora eu gosto de Saramago.
"Se tens um coração de ferro, bom proveito.
O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia."
SARAMAGO, José.
Um comentário:
Tempo em que todo mundo é leitor de Saramago e entende de futebol desde criança.
Minhas obras preferidas: Memorial do Convento, A Caverna, O Evangelho Segundo Jesus Cristo.
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