Palavra?
Pra que palavras?
Me invente uma palavra que descreva realmente
assim, impunemente
o que teus olhos me dizem
quando olham pra mim.
Amor assim devagar e urgente
na pressa da demora da gente.
Um amor meio louco, meio lerdo
distraído como quem não tem ao certo
destino ou paradeiro
porto aonde se recostar.
Um amor que não sabe onde vai parar.
Talvez depois do tempo da incerteza
depois dos côncavos, dos desníveis e das refrações,
sejamos capazes de não dizer nada, seguir a trilha
lado a lado,
e quando eu der por mim, despercebido,
estarei perdido,
encontrado seguindo os passos seus.
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