1 de setembro de 2009
Lágrima
Era uma gota de chuva,
uma gota de orvalho,
uma gota de lágrima...
Despretensiosa, desavergonhada,
descabida. Despedida.
Era tão triste a gota triste.
E a gota descia pelo rosto que antes sorria,
e ia deixando rastros no caminho que fazia.
Era uma gota incerta e fremente
Uma gota que não sabia bem para onde ia.
Que externava um coração cheio de outras gotas,
que transbordava, que chorava, que sofria.
Era uma gota que ganhava liberdade.
Cheia de uma tristeza morna que molhava a boca
e tinha gosto de sal. Tinha gosto de dor.
Que ia escorrendo devagar, molhando de vagar, evaporando devagar.
A gota não conheceu o chão. A gota virou vapor.
A gota virou ilusão.
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