Os sentimentos dançando dentro de mim. A sensação inconfundível. As borboletas voando no meu estômago, saltando, foliando, indo e voltando...
Borboletas de todas as cores e tamanhos. Um borboletário inteiro.
E as bonitinhas a bater asas em desespero, tentando sair da prisão, querendo voar livres, aproveitar sua curta existência.
As pequeninas, antes casulo, antes lagarta... Que iam rastejando em busca de sua metamorfose.
Hoje transformadas, vibrantes, fervilhantes. Querendo liberdade. Esperando o momento de alçar voo.
Quem vai soltar as borboletas? Quem vai soltar a vida que existe em nós?
Tão indisciplinadas as minhas borboletas. Indomáveis.
Paixão, ansiedade, nervosismo, medo. Qualquer sinal de sentimento, e lá estão elas a me deixar com essa sensação de frio no estômago, pernas bambas, vontade de voar com elas.
Vontade de viver.
E as rebeldes borboletas a se debater, a esbarrarem umas nas outras... querendo me mostrar que estão vivas, que eu estou viva, o que é a vida.
Borboletas que me denunciam emoções prosaicas. Penaltes na final de copa do mundo, um começo, um talvez, uma paixão nova, um amor antigo, a cena de um filme, o medo do fim, o medo da volta, uma plavra, um silêncio, a leitura de uma carta, o instante antes do beijo, o segundo antes da vitória, ou uma despedida.
Quando a gente perde o fôlego. Quando a gente vive de verdade.
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