1 de maio de 2010

...Do silêncio dos dedos

E eu teria mil coisas a dizer hoje, uma por uma, vomitadas todas após esse longo período de abstinência de mim mesma, no qual me polpei de topar comigo nas vielas desertas da imensa galáxia de dentro de cada um de nós..
Mas desaprendi a escrever noite passada, e quando me dei conta disso, vi o desespero entrando ela porta da frente, sentando na minha mesa e pedindo um gole do meu café já frio.
E sem conseguir juntar a letras de uma forma compreensível no papel colocado à minha frente, fui enchendo a lixeira com toda uma resma de frustrações literárias.
Queria contar o que vi ao andar pelo mundo, contar tudo para as linhas pautadas, meticulosamente arrumadas à espera da minha prosa. Tanto a dizer...
Na minha loucura pulei uma linha, a maior de todas, um Equador de linha.
Do lado de lá, era tudo mais ou menos como cá, mas o oposto do que éramos e fomos e seremos nós.
Do lado de lá era tudo ao contrário.
E do lado de lá eu não sabia quem eu era.
Mas isso eu tinha esquecido do lado de cá, quando esqueci como se faziamagia ao juntar as letras.

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