"De fato, não existe nada mais deplorável do que, por exemplo, ser rico, de boa família, de boa aparência, de instrução regular, não tolo, até bom, e ao mesmo tempo não ter nenhum talento, nenhuma peculiaridade, inclusive nenhuma esquisitice, nenhuma ideia própia, ser terminantemente "como todo mundo". DostoyevskyOlho angustiosamente para os meus pés, contorcidos na tentativa infame de - até eles - se esconderem.
Lamento copiosamente a falta de habilidade de cerrar-me em mim mesma, como num casulo de exílio voluntário.
Quando o que se vê não é o que se deseja.
Quando o que se sonha não passa de utopia.
Quando se descobre a linha grotesca da vergonha e da dignidade.
Quando se esquece o que de nós pode haver, ser ou estar.
Quando não se sabe nem de onde vem a dor.
Quando a dor existe por si só, sem maiores explicações.
Um comentário:
Klécia:
sou teu fã.
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