30 de outubro de 2009

Entretantas, eu

No meio de uma conversa despretensiosa, acabei descobrindo o quanto não sei de mim.
E o quanto sei e não mostro a ninguém...


No meio de tudo, de toda gente, de toda forma de auto- e desconhecimento,

acabo sendo metade incompleta, o avesso de tudo,
uma parte desencontrada, carta perdida do baralho,
ou separada,
ou aleatoriamente recolocada.


Eu não sei quase nada de mim.


O que importa é, que entre o pouco mais de seis bilhões de seres humanos,
eu sou mais uma, fazendo um pouco de diferença na vida de alguns (muito) poucos.

Estou amando, porque uma vida sem amor não pode ser vida.
"E ando a amar assim, a toda gente, perdidamente"
Estou escrevendo, porque eu sem escrever não sou eu.
Estou biomedicando, porque meu cientificismo ainda é o meu lado mais à amostra.


São minhas pequenas certezas.

Mas, o que me falta?
Descobrir todos os outros lados,
as outras poses,
as outras faces que tenho,
que talvez até você veja melhor que eu.

Tentando apenas ser
No meio de tantos desencontros,
tantos rostos, tantas formas,
tantos mundos, tantas gentes,

Entretantas,
Eu.

Essa parte indefinida que vai metamorfoseando pela vida.

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