O que nos resta?
A mão cravejada de espinhos
das flores que tentamos roubar.
As calças rasgadas pelo vidro
das janelas que tentamos arrombar.
A boca seca, travada
das dores que tentamos sufocar.
A aquarela largada na sala
dos quadros que a gente não quis pintar.
As bocas virgens
dos beijos que nos negamos a dar.
Os olhos cegos
pelo que não quisemos enxergar.
A coragem morta
de quando desistimos de lutar.
O peito manchado de sangue
Das vezes que tentamos amar.
"As nossas condutas tão putas não valem a pena
Que pena, eh, que pena
As nossas condutas confusas nos tiram de cena, ah...
Que pena, eh, que pena
Vou, vou engarrafar essa dor,
Vou engarrafar a saudade
Vou me embreagar de tristeza
Bendizendo ela vira beleza,
Gentileza gera gentileza..."
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