11 de dezembro de 2011

Quando

Quando a poesia for o chao dos homens,
o amor for livre, e puder vagar pelo mundo,
e as fadas, os deuses e os unicornios andarem entre nos,
sem o risco de serem cacados, testados, tentados, maculados,
quando formos todos uma raca soh,
todos os mesmos, sem distincao, sem discriminacao,
quando o amor nao for apenas sexo, nem soh procriacao,
quando nao for apenas traducao de uma relacao
quando o amor for o que se olha, o que se sente,
for a alca do vestido displecente,
que cai sorrateira pelo ombro distraido
e que voce, atento, coloca no lugar, como a pedir que eu,
por mim mesma,
a faca cair, pra voce, por mim, por nos.

Quando tudo que tivermos for o silencio
apos horas de cansaco, e a companhia dos olhos
que se visitam, como para assegurar que o amor esta la,
aquilo que voce sabe onde procurar.
Aquilo que ganhamos sem pedir, sem esperar.
A confianca da mao que segura a cintura devagar,
a seguranca para se entregar
ao que nao se conhece,
ao que se confia,
sem porque, pra que.

Apenas se sabe que eh amor, e pronto. Se ama.


Nenhum comentário: