4 de maio de 2010

Canções de guerra

E, diga aí, quem diria... Chegamos ao final de mais um dia. Mais um dia que chega ao fim, ou chegamos nós ao fim, ao fim de nós?
Explique de onde vem os gritos, de onde vem o medo, para onde foi a calma, esse choro que te cerca, as cercas ao redor de cada um de nós.
Quem plantou as mudas dos muros de concreto, hoje grandes árvores de Berlim? Eu vejo novas Alemanhas, novas Coréias morando frente a frente, separadas por um corredor.

- Esqueci de dar bom dia, esqueci o bom do dia, não me importa mais quem é bom, o bom é o bom pra mim, e enquanto for assim não vai ser bom para nenhum de nós.


"Nas grandes cidades de um país tão violento
Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido
Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre as sombras, entre as sobras da nossa escassez"

Um comentário:

João Gilberto Saraiva disse...

"As grades do condomínio
São prá trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que tá nessa prisão"
(Minha Alma, O Rappa)