27 de agosto de 2009

Mundo paralelo


Ando fugindo das linhas, das canetas, dos apontadores...

Estou temendo que, em uma dessas minhas excursões ao meu mundo paralelo, onde as letras de lá se bandeiam para os lados de cá, e os sonhos de cá se semi-realizam por lá, das duas uma: ou eu fico lá pra sempre, ou acabado contando algum dos meus segredos nesta dimensão.

O que me prende aqui ainda é a esperança de realizações completas. Semi-realizações às vezes são piores que realização nenhuma. Ah, e tem também o perfume das flores, os arco-íris e as borboletas que eu ainda não consegui levar pra lá...

O problema, meu amigo, é que quando me meto a contar essas coisas pra você, quando abro as páginas nem sempre coloridas do meu bloco de notas e me meto a te escrever, a te remeter, a falar com você só por falar com você, só porque não consigo não falar com você... numa dessas, meu amigo, pode ser que escape tudo aquilo que você nunca deveria saber.

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