Fiquei a pensar no que eu faria pra te ter aqui, sempre perto de mim...
A você, a quem dei meu bem-querer, imprudentemente entregaria meu coração, para usares como entenderes. E assim, impossibilitado de dominar a mim mesmo, meu sistema nervoso inábil para comandar suas próprias sístoles e diástoles, acabaria por te nomear senhora de minhas vontades.
A você, a quem amo desde que posso me lembrar, eu entregaria a primeira estrela da noite e o primeiro clarão do dia... Louca e humildemente, entregaria incondicionais 24 horas de uma existência que inexiste sem você.
Eu te daria de bom grado meus inexatos pensamentos, meus sorrisos sem causa, meus sonhos mais loucos, te daria todas as minhas não razões... Todo meu mundo incompreendido [ou indecifrável?]. Mais que tudo, te daria esse inesperado sentimento que não consigo mais guardar comigo. Domina, fascina. Destrói, constrói. Dói.
A você, por quem eu esperava desde sempre, eu daria cada uma das noites de luar, em que fico pensando em ti, a te admirar... e cada uma das noites de escuridão também te entregaria... onde é você quem brilha para me iluminar.
Dar-te-ia a eternidade dos segundos em que não te vejo, das tardes que se esvaem sem tua luz...
Eu te daria tudo... Eu que não tenho nada.
Se possível a mim fosse, amada minha, te daria algum tempo a mais de vida do que a mim foi concedido, para que eu não tivesse que sofrer a dor de te perder.
Por mais egoísta que pareça, na verdade tudo que faço por ti não passa daquilo tudo que faço por mim mesmo. Pois o que restará de mim se um dia você for embora?
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