Os professores falam sobre revoluções, mudanças e dissertam longas horas acerca da coragem que devemos de ter. Os políticos, por sua vez, insuflam o peito sobre as reformas sociais, jurídicas e de moral de extrema necessidade. Os comunistas defendem a ausência dos males da dominação, e os filósofos decorrem sobre as tecnociências que metrificam, dirigem, corrompem e constroem a sociedade, ou aquilo que assim chamamos.
Os comerciantes defendem a usura, ainda mais a praticada de maneira a sonegá-la. Os pesquisadores buscam a cura de todos os males. Os historiadores tentam nos retratar a origem do mal, e os filósofos querem entender a razão de todas as coisas.
Os biólogos querem salvar as baleias, a camada de ozônio e o mico-leão-dourado.Os pacifistas querem o caminho para a paz mundial. Os astronautas querem ir a marte e os alquimistas querem a pedra filosofal.
Eu? Por hora largo todas as causas urgentes da humanidade, me sento na cadeira de balanço da varanda, olhando o sol se por como se fosse a primeira vez. O que espero?
Espero que corra no meu sangue aquela sensação, tão simples, tão boa, aquela sensação indispensável que me dá a certeza de estar viva.
Espero a poesia voltar pra mim.
Ah, poeta vagabundo... Quanto tempo achas que conseguirás ficar calado?
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